sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

ESCOLHAS ALIMENTARES X IMPACTO AMBIENTAL

Depois de muito tempo ausente, resolvi retomar meu blog com um assunto extremamente importante. Aproveitando os debates que estão acontecendo pela semana da Conferência do clima em Copenhague (COP15), eu pergunto:
Você já se perguntou se está fazendo a sua parte para reduzir o impacto ambiental? Diminuir o tempo no banho, fechar a torneira enquanto escova os dentes, reciclar o lixo reciclável, andar mais a pé e de bicicleta, reduzir o consumo em geral, etc... Estas coisas tornaram-se óbvias, pelo menos para parte das pessoas, que tentam, na correria da vida, fazer algumas mudanças que estão ao seu alcance para ficarem com a consciência mais tranqüila. Porém ainda existe muita coisa que a gente não sabe, e por isso não faz; ou ainda faz, e muito. Existe algo que fazemos todos os dias, diversas vezes ao dia, e que é vital, indispensável à vida: alimentar-se. Porém, se alimentar é muito diferente de se NUTRIR, que é o que realmente supre as necessidades do organismo e mantém a saúde plena. Alimentar-se é colocar qualquer coisa na boca, engolir de qualquer jeito e encher a barriga a todo custo para satisfazer vontades e matar a fome momentânea, que é o que se tem feito nos últimos anos. Com a industrialização e globalização vieram muitas coisas boas, práticas, rápidas, que adiantam a nossa vida, e talvez também a nossa morte, ou pelo menos afetam em muito a nossa qualidade de vida. Salgadinhos, biscoitos recheados e não recheados, wafers, balas chicletes, congelados e descongelados, todos com muitas calorias e nenhum benefício. Se fosse só não ajudar, vá lá, mas o pior é que atrapalha bastante. Além do grande impacto na nossa barriga, estômago, intestino, fígado, rins, pele, mente,... você já imaginou a quantidade de lixo produzido com este tipo de consumo? São embalagens e mais embalagens descartadas segundos depois da abertura, e muitas delas nem podem ser recicladas.Também já parou pra pensar o quanto de recursos, matéria-prima, tempo, água, luz,....se gasta em hospitais para tratar pessoas doentes pela MÁ NUTRIÇÃO, desencadeada tanto pelo excesso de gorduras, aditivos e outros não-nutrientes presentes nesse tipo de alimento como pela falta de nutrientes nos mesmos? O consumo de medicamentos, para tratar tais doenças também requer todos estes recursos, e ainda gera um lixo tóxico (pense para onde vão os materiais descartáveis, seringas, tubos, embalagens de remédios e medicamentos eliminados na urina dos indivíduos...). Alimentos industrializados viciam e não alimentam, duas coisas que nos fazem procurar cada vez mais por eles, produzindo cada vez mais doenças e lixo. Tenho que comentar também sobre o impacto dos alimentos transgênicos. Alguém sabe o que um alimento transgênico pode causar no nosso organismo a longo prazo? Creio que não.... Mas a curto prazo já sabemos que eles podem mudar ecossistemas inteiros e que podem contaminar espécies originais vizinhas, gerando a possível extinção destas espécies. E os agrotóxicos e fertilizantes químicos despejados sem nenhum controle nas plantações de frutas, verduras e grãos que chegam no nosso prato? É outra fonte de toxinas para o nosso organismo e para o nosso solo, nossa água, etc. Os alimentos que mais alimentam também já não alimentam tanto assim. O solo ficou pobre em nutrientes e rico em toxinas,...mais toxinas...
Cabe a nós começar com a nossa contribuição, dia-a-dia, para que em grupo façamos a diferença. Escolha de início pelo menos uma das dicas abaixo e comece a mudar hábitos alimentares!
1. Reduza o consumo de industrializados (aumentando o consumo de vegetais, frutas e cereais e tubérculos);
2. Quando consumir industrializados, verifique nos ingredientes a quantidade de aditivos (substâncias estranhas, conservantes, corantes, adoçantes, números, códigos) - Prefira os integrais, que possuam menos aditivos, menos processamento, menos refinamentos, menos embalagens etc; Priorize os produtos que possuam embalagens recicláveis (procurar símbolo do triângulo de setas);
3. Prefira sempre alimentos orgânicos, sem agrotóxicos (verificar selo de certificação ou procurar locais confiáveis, feiras de bairro, pequenos produtores);
4. Prefira sempre alimentos não transgênicos (verificar triângulo amarelo com um T preto no rótulo). Existem sites que divulgam produtos com possíveis ingredientes transgênicos (
http://www.greenpeace.org/brasil/transgenicos/)
5. Escolha suas marcas! Existem empresas que realmente se preocupam com o aquecimento global, com questões de sustentabilidade e como minimizar seus efeitos no ambiente, e outras que fazem o oposto. Pesquise, informe-se e diga não a marcas não sustentáveis, que utilizam aditivos em excesso, que produzem alimentos transgênicos, que poluem, etc
"Pense global e aja localmente".
"Pense no futuro e aja imediatamente".