quarta-feira, 23 de julho de 2008

De onde vêm as células?

Nosso corpo é feito de aproximadamente 100 trilhões de células. Células estas que são fabricadas através de NUTRIENTES (vitaminas, minerais, carboidratos, proteínas e gorduras).

Todos os dias, 50 milhões delas se renovam a partir desses nutrientes, os quais conseguimos através dos ALIMENTOS. Estas células novas podem ser renovadas com ótima ou péssima qualidade, tudo depende da MATÉRIA-PRIMA que fornecemos à elas; desse combustível ESSENCIAL, que precisamos não só simplesmente para nos mantermos vivos, mas sim para FUNCIONARMOS CORRETAMENTE, plenamente e com o máximo de saúde que podemos.

Assim, se queremos ter um cabelo macio, uma pele lisinha, uma imunidade excelente e um corpo bonito e saudável, não podemos nos esquecer que a PRODUÇÃO e RENOVAÇÃO DAS CÉLULAS que os compõem depende dos nossos HÁBITOS ALIMENTARES. A verdadeira nutrição vem de dentro pra fora, e acredite, é muito mais eficaz do que cremes, shampus e cosméticos!

Nenhuma doença ou sintoma surge “do nada”. Eles aparecem como resposta do organismo aos maus tratos recebidos durante dias, meses ou anos, normalmente por falta de nutrientes, ou por não ter como se defender ou se recuperar (sem os nutrientes) de estímulos criados pelo meio ambiente em que vivemos (estresse, poluição, etc).

Diariamente temos a chance de mudar a ORIGEM DAS NOSSAS CÉLULAS e modular sua produção e renovação, tornando nosso organismo mais saudável, forte e resistente, independente da idade. Desde a infância até a velhice podemos fazê-lo. Nunca é tarde! Tudo depende da matéria-prima...

Agora, antes de ficar tão preocupado com qual combustível você vai abastecer o seu carro, pense bem com qual combustível você vai abastecer as suas células! Porque, afinal de contas, você quer se tornar uma carroça ou uma FERRARI?

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Xenobióticos: substâncias indesejáveis

Chamamos de XENOBIÓTICOS substâncias estranhas a um organismo (do grego: xeno= estranho; biótico: à vida). Podem ser encontradas em um organismo, mas não são normalmente produzidos ou esperados existir no mesmo. Substâncias orgânicas também podem se tornar xenobióticos se estiverem em excesso.

Podemos considerar como xenobiótico qualquer substância poluente presente no ar que respiramos, na água, os medicamentos em geral, hormônios sintéticos, etc.

Xenobióticos podem também ser adicionados propositalmente aos alimentos com algum objetivo, como os corantes e conservantes ou ser incorporadas “por acaso”, como toxinas de embalagens plásticas, causando, nos dois casos, diversos males à saúde.

Essas substâncias tornam-se tóxicas quando entram em contato com o organismo, modificando funções, bloqueando reações e causando inúmeras complicações até serem eliminadas. Algumas delas nem são totalmente eliminadas e, por serem lipossolúveis, se alojam no tecido adiposo (reserva de gordura), interferindo no metabolismo, no sistema nervoso e circulatório e causando, inclusive resistência à perda de peso.

A remoção dos xenobióticos é feita principalmente através da destoxificação realizada pelo fígado, que transforma as toxinas, substâncias lipossolúveis, em hidrossolúveis para que então possam ser eliminadas pela urina, fezes, respiração e suor. Porém, esta função pode ser prejudicada pelo próprio excesso de toxinas e pela ausência de uma alimentação adequada que forneça os nutrientes necessários à destoxificação.

Na verdade, o ideal seria que pudéssemos ingerir só alimentos 100% naturais, sem agrotóxicos, resíduos químicos e outras substâncias artificiais. Porém, nos dias de hoje, quando quase tudo que se encontra para consumir foi modificado de alguma forma pela indústria, não temos tanto controle sobre o que estamos ingerindo.

Dicas para reduzir a ingestão de xenobióticos:

  • evitar ao máximo consumir produtos com aditivos, principalmente os corantes, conservantes e adoçantes artificiais, através da leitura dos ingredientes nos rótulos;
  • evite guardar alimentos gordurosos em potes de plástico, não esquentar potes de plástico no microondas e evitar tomar bebidas quentes em copinhos de plástico;
  • prefira bebidas ácidas (sucos, cerveja e refrigerantes) armazenadas garrafas de vidro, já que o ácido libera alumínio mais facilmente, e não envolva frutas ácidas (limão, abacaxi, laranja) no papel alumínio;
  • consuma sempre que possível alimentos orgânicos para reduzir a exposição do organismo aos agrotóxicos;
  • Lembre-se sempre de que uma alimentação rica em verduras, frutas e água ajuda a eliminar resíduos tóxicos do organismo.


    Alguns dos xenobióticos presentes em alimentos:

    - Agrotóxicos e adubos químicos: Verduras, legumes, frutas e grãos não orgânicos;

    - Antibióticos e hormônios: Carne vermelha, frango e, conseqüentemente, ovos, leite e derivados. A água filtrada (não mineral) também pode conter resíduos de medicamentos e hormônios.

    - Corantes e conservantes artificiais: Presentes na maioria dos produtos industrializados;

    - Adoçantes (edulcorantes) artificiais: Presentes na maioria dos produtos light/ diet como sucos, refrigerantes, balas, iogurtes, pães, etc. Ex: Aspartame, Ciclamato, Sacarina e Acesulfame – K;

    - Aditivos do plástico: Presentes em embalagens de plástico, rolo de PVC utilizado para cobrir alimentos e em alguns peixes. Têm maior afinidade por gordura, migrando para alimentos como queijos, manteiga e molhos cremosos. Aquecido ou congelado o plástico também libera as substâncias tóxicas. Pode estar presente em qualquer alimento industrializado e também na água tratada.

    - Metais tóxicos (pesados):

    Chumbo: presente na poluição, fumaça de carros, tinta de cabelo, batons, enlatados, agrotóxicos, pasta de dente, cigarro, etc.
    Alumínio: panelas, latas e papel de alumínio, medicamentos como os antiácidos, desodorantes, sulfato de alumínio usado para o tratamento da água, aditivos usados na farinha branca e sal refinado.
    Cádmio: pesticidas, mariscos, farinha branca, cigarro, aditivos, laticínios e carne.
    Mercúrio: Alguns peixes, amálgama dentário utilizado em obturações, methiolate.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Por que mastigar?

Quando sabemos a razão de alguma coisa conseguimos realizar com muito mais vontade e facilidade, por isso é importante aprendermos um pouco mais sobre a mastigação, uma das dicas mais básicas de nutrição, mas que muitas pessoas ainda não seguem por falta de informação ou hábito.

Sempre ouvimos que precisamos comer devagar, mastigar bem os alimentos, de preferência 30 vezes, mas nunca entendemos o porquê.

Como já sabemos (mas às vezes esquecemos), estômago não tem dente! Portanto é você quem deve ajudá-lo a digerir os alimentos desde a boca, já que a digestão do carboidrato, por exemplo, começa com a saliva!

A mastigação correta aumenta a superfície de contato do alimento com as enzimas digestivas, auxiliando a digestão e, conseqüentemente, a absorção dos nutrientes.

Mastigue tanto quanto cada alimento necessite para ser engolido. Você saberá o quanto. Podem ser 15 ou 40 vezes, depende de cada tipo de alimento. Uma carne demora muito mais tempo para ser mastigada do que uma batata, por exemplo.



O que acontece quando não se mastiga bem os alimentos:

  • A refeição acaba muito rápido, não dando tempo suficiente para a informação chegar ao cérebro. Conclusão: Você come o dobro, pois ainda não se sentiu saciado e meia hora depois sente que comeu demais;

  • Seu intestino não reconhece alimentos mal digeridos, pois só reconhece NUTRIENTE. Se pedaços de alimentos chegam mal digeridos ao seu intestino, a absorção dos nutrientes fica comprometida, já que o alimento deveria ter sido quebrado até virar um nutriente absorvível (glicose, aminoácido ou lipídeo) que seria reconhecido por receptores intestinais;

  • Alimentos não mastigados ou não digeridos são identificados pelas células intestinais como “corpos estranhos”, fazendo com que o organismo libere uma substância chamada histamina, que causa inflamação do organismo e acaba gerando outros sintomas e complicações;

  • Aparecem sintomas como: azia e outros transtornos digestivos, gases, problemas intestinais, sonolência após a refeição, inchaço, dificuldade de emagrecimento, etc.


Portanto, comece já a exercitar os maxilares!